quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

As pessoas choram

Fora da mesma frequência da maioria das pessoas para as festividades de virada de ano, percebi algo que eu mesmo não percebia com a mesma clareza de antes: as pessoas choram. As pessoas choram de emoção porque um ano acabou e o outro chegou! Mas por que isso? Por que tem que chorar? Obviamente movidas por simbolismos, crenças em um significado maior e expectativas que podem ser renovadas. Mas, para mim soa estranho. É apenas um evento, nada muda de uma hora para a outra. Portanto acho a emoção do choro despeoporcional ao evento. Se o menino Bidth estivesse presente, perguntaria: "Pra que chorar? Não bastaria desapegar e deixar para trás?". Choro ainda é uma forma de manter o apego pelo ano, já indesejado, que ficou para trás. Chorar é uma forma de expressar a sua dor, despedindo-se sem desvincular. Se a pessoa estivesse disposta a deixar o ano para trás de verdade, não teria chorado, mas sim desapegado. Choro não combina com desapego. Um feliz 2016 a todos!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Antes de começar a pensar em escrever a história do menino Bidth...

O ano 2014. Doze de Junho, abertura da Copa do Mundo e estreia do Brasil na competição. Faltando cerca de 3 horas para o jogo, estava eu na praça da Sé, caminhando para entrar na estação do metrô, quando fui interceptado por cerca de cinco monges tibetanos. Todos tinham aproximadamente sessenta e cinco anos

Um deles estava mais agitado, pois segurava os meus dois braços e começava a falar na língua deles. Como eu não entendia nada, tentei gesticular ou mesmo falar em inglês que eu estava com pressa e precisava assistir o meu esperado jogo. Mas um deles, me disse em inglês, enquanto eu tentava me desvencilhar, que a minha fisionomia era idêntica a do antigo mestre deles que havia falecido. Ainda sem dar muita importância aquela estranha conversa, tentei argumentar que eles estavam enganados, quando ouvi um deles perguntar:
"- When do you was born?"
E respondi:
"- I was born em 1972."
Então o monge me devolveu:
"- Our master died in 1971."

Eu não entendia aonde eles queriam chegar. Estavam querendo me convencer que eu poderia ser a sua reencarnação? Mas, ao mesmo tempo que isso me intrigava, a vontade de ver o Brasil estrear na Copa do Mundo falava mais alto. Eu precisava ver o jogo. Comecei a sair. Mas os monges insistiam. Seguraram mais uma vez o meu braço, pediram o meu e-mail de contato (lima_marco@hotmail.com), pois eles não poderiam me deixar ir sem estabelecer um vínculo com eles. Concordei. Trocamos informações, de contato, segui para o meu jogo e eles seguiram o destino deles. 

Lançamento do meu livro

Publiquei o meu livro "Quando os anjos caminham sem asas" no dia 19 de dezembro e mais uma vez pude constatar, ou ter uma noção, de quem está realmente do seu lado ou apenas torcendo para você de longe ou mesmo pouco se importando. Quando convidamos pessoas para o lançamento de um livro de um autor desconhecido fica a impressão de que algumas pessoas  pensam como eu, tipo "vou no lançamento por que estou curioso para ver o que esta pessoa que conheço escreveu", "vou no lançamento do livro porque quero mostrar que gosto desta pessoa" ou pensam como elas "não vou neste lançamento porque vou gastar dinheiro com uma obra que não deve ter essa qualidade assim", "não vou no lançamento do livro porque tenho algo melhor para fazer".... 

Mas o mais engraçado são reações das pessoas que não foram, a qual se definem em 3 manifestações distintas nas mensagens de texto (facebook ou WhatsApp):

Reação 1 - "Marco, me desculpe, não pude ir no lançamento do seu livro por motivos tais e tais, mas faço questão de comprar o seu livro. Me passo o número da sua conta que eu te passo meu endereço e você envia, ok? Abraço!"


Reação 2 - "Marco, me desculpe, não pude ir no lançamento do seu livro por motivos tais e tais, mas gostaria de saber  como comprar o livro?"

Resposta do Marco - "Basta você me passar o seu endereço que eu envio o número do minha conta e eu envio"

Como resultado, a pessoa lê a sua resposta, não responde mais nada e a conversa não prossegue.


Reação 3 - "Marco, me desculpe, não pude ir no lançamento do seu livro por motivos tais e tais, mas gostaria de registrar que você tenha muito sucesso, parabéns e feliz ano novo".

Basicamente estas são as 3 principais reações. Mas a mais impressionante de todas foi esta aqui, quando encontrei uma conhecida na rua:

" Marco, me desculpa, não pude ir no lançamento do seu livro mas, OLHA SÓ, quando tiver outro lançamento PODE ME CHAMAR QUE EU VOU!"

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Depressão pós publicação. Ela existe?

Sim! Existe sim. No começo você nem repara mas aos poucos vai sentindo o corpo e a mente fraquejar por motivos que você nem sabe descrever direito. No começo, por achar que não vendeu a quantidades de livros suficientes para uma tiragem inicial. Pura ilusão. Nossa mente é traiçoeira e nos leva a concluir coisas que não correspondem às verdades da sua mente. 

Desbravar a própria mente é sempre um desafio constante e hoje posso dizer que consegui finalmente desbravar o motivo dessa minha postura cabisbaixa. 

Concluí e percebi que a depressão pós publicação não é nada mais nada menos do que a frustração de ver alguns amigos, depois de afirmarem que comprariam o livro, fugirem de mim. Não convidei alguns amigos para depois fugirem de mim. Ao contrário, convidei para se aproximarem mais de mim. Enfim, coisas da vida e resolvido esse dilema mental, começo a me recuperar, hoje mesmo, desta estranha depressão pós publicação. 

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Livros.......

Fazem cerca de 10 dias que publiquei o meu segundo livro. Foram muitas histórias até chegar o dia da consolidação deste trabalho. A cada dia que eu aparecer aqui, estarei contando cada uma delas para vocês. Até amanhã.




domingo, 27 de dezembro de 2015

Minha primeira postagem....

O menino Aang do seriado de animação "Avatar - A lenda de Aang" representa o ponto de partida de tudo que podemos compreender a nesta vida e, muitas vezes, não sabemos como administrar. Para muita gente o equilíbrio é uma estágio utópico. Uma forma de se manter zen mesmo em um mundo que insiste em nos desestruturar. Mas a grande verdade é que, dentro da rotina de vida de cada um de nós, isso é abolutamente impossível! Não estamos neste mundo para nos resignarmos por não coseguirmos o equilíbrio absoluto. Ao contrário, estamos aqui para buscarmos a nossa hormonia vivendo as oscilações. Oscilar é permitir a mente ou o corpo se desequilibrarem. Desde que sejamos capazes de não vivenciar este estágio por um tempo demasidamente prolongado. Podemos, por exemplo, nos aborrecer com algo ou com alguém. O que não podemos é carregar a raiva e a mágoa ao longo de muitas horas ou muitos dias. Quanto mais rápido voltarmos a nossa paz, depois do nosso equilíbrio, mais próximos estaremos da sintonia dos autênticos avatares.